Características da constelação:
A constelação é pequena e um pouco ténue, mas é a casa da quinta estrela mais brilhante, Vega. O asterismo parece-se mais com uma criatura de quatro patas do que com uma lira, com Vega na sua cabeça. Lira tem apenas três estrelas mais brilhantes que a 3ª magnitude. No entanto, existem alguns bons objectos para se ver. Vega, "Águia Caída" ou "Estrela da Harpa", é apenas a quinta estrela mais brilhante, mas domina o céu de Verão no hemisfério Norte, sendo o seu trânsito a 1 de Julho. Há cerca de 12 000 anos, Vega era a Estrela Polar, e será outra vez daqui a 12 000 anos. Beta Lyrae, às vezes conhecida como "Sheliak" (Tartaruga), é o protótipo de um tipo de estrela variável em que uma pequena companheira está a transferir matéria para a gigante primária. No caso de beta Lyrae, a transferência está a ocorrer a grande velocidade. Eventualmente o sistema irá se tornar numa variável tipo-Algol.
História da constelação:
A lira é um dos instrumentos musicais mais antigos. Por exemplo, na cidade real de Ur (há cerca de 3000 anos) os músicos tocavam a lira para a realeza, de acordo com artefactos recolhidos de escavações. Na mitologia Grega, a lira foi inventada por Hermes. Quando era apenas uma criança, esticou uma tripa de vaca numa carapaça de tartaruga, criando assim a lira. Hermes deu a sua lira ao seu meio-irmão Apolo (era ambos filhos de Zeus). Como deus da música, Apolo ficou associado a este instrumento. Apolo deu a lira então ao seu filho Orfeu quando era apenas uma criança, e as Musas ensinaram-lhe a tocar nela. Até a própria Natureza parava para o ouvir, encantada com a sua música. Quando Euridice, mulher de Orfeu, morreu de uma picada de serpente e foi levada para o Sub-Mundo, Orfeu seguiu-a na esperança de a trazer de volta. Devido à sua música, convenceu Hades a libertar Euridice, desde Orfeu não olhasse para ela no seu regresso a casa - mas quando emergiu e viu a luz do Sol, Orfeu virou-se e olhou para a sua mulher, perdendo-a para sempre. Existem diversas versões acerca da morte de Orfeu. A versão mais conhecida é a que Dionísio invade a Trácia, o lar de Orfeu, e que as seguidoras de Dionísio (as Meneidas) desmembram-no membro a membro. A sua cabeça foi atirada para o rio Hebro, onde flutuou até Lesbos, cantando todo o caminho. A lira de Orfeu é também atirada para o rio, e também flutua até Lesbos, que ficava numa praia perto do templo de Apolo. Apolo convence então Zeus que o instrumento deveria ser tornar numa constelação. Zeus concorda, e coloca a lira de Orfeu entre Hércules e Cisne.
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