História da constelação:
Balança tem este nome porque quando o Zodíaco ainda estava na sua idade jovem, há uns quatro mil anos atrás, o Sol passava por esta constelação no equinócio de Outono (21 de Setembro). Nos dois equinócios (Primavera e Outono) as horas do dia e da noite eram iguais. Como um símbolo de igualdade, a constelação veio a representar a Justiça em algumas culturas do médio-Oriente. No entanto, os Gregos tinham uma perspectiva diferente; a uma dada altura Escorpião, que fica Este, era muito maior, e as estrelas que constituem Balança eram então conhecidas como as Garras do Escorpião. Eventualmente, no entanto, estas estrelas de Balança vieram a representar a Quadriga Dourada de Plutão. A história do rapto de Peséfone por Plutão é um mito Grego muito conhecido, talvez porque tem uma associação astronómica tão forte.
A Quadriga Dourada de Plutão (ou Hades) era usada quando o Senhor do Mundo Inferior queria visitar o mundo acima, usualmente para seduzir uma ninfa. Mas quando levou Perséfone de volta para Tártaro, a parte mais funda de Hades, o Mundo Superior mudaria para sempre. O senhor deste reino era na realidade Hades. Hades era irmão de Zeus e de Poseídon; geralmente não tinha noção do que se passava no outro reino, emergindo raramente do seu. Bem dentro da terra, ele possuía todas as riquezas minerais, mas a sua posse favorita era uma oferta dos Ciclopes: um capacete que o tornava invencível. Era considerado imprudente e perigoso pronunciar os nomes de certos deuses e deusas. Sendo assim, as Fúrias, ou Cronies, eram chamadas Eumenides (As Bondosas), e Hades era chamado Plutão (O Rico). A sua quadriga dourada era puxada por quatro cavalos pretos. Enquanto ele usava a sua quadriga para de vez em quando visitar o Mundo Superior, em ordem a seduzir uma ninfa, ele raramente queria que esta relação durasse. Até que viu Perséfone, a filha de Zeus e Deméter. Deméter era a irmã de Zeus e Hades, e umas das mais importantes deusas pois era responsável pela Agricultura, e por todos seres vivos que brotavam. Hades estava tão enamorado pela beleza de Perséfone, que queria tê-la só para si, e então leva-a à força para o seu reino, onde se torna a Rainha do Sub-Mundo. Deméter chora pela sua filha perdida e pede aos outros deuses ajuda. Então Teseu e Peiritheus (o seu irmão) descem até Hades em busca de Perséfone; mas não têm sucesso. De facto, são capturados por Hades, e Héracles é enviado para os resgatar. Consegue apenas trazer Teseu; Peiritheus é condenado a ficar para sempre em Hades. Deméter está tão distraída pela perda da sua filha que decide proibir todas as sementes de nascer. Uma grande seca espalha-se pelo Mundo Superior. Zeus fica envergonhado, pois tem um certo tributo a receber, e se a seca continuasse o seu tributo não era entregue. Outros livros dão a Zeus uma razão mais digna na ajuda à sua irmã: que simpatiza com Deméter e deseja rectificar a sua perda. De qualquer maneira, convence o seu irmão Hades a desistir de Perséfone, para que o mundo de cima voltasse a ser verde e luxuoso. Hades concorda, desde que Perséfone não tenha comido nada desde a sua chegada. Como já tinha consumido seis sementes de romã, Hades não a deixou regressar. Zeus não ficou nada contente, e decide que deve dividir o seu tempo entre ambos os reinos; quatro meses do ano deveria ficar com o marido, enquanto que durante o resto do ano iria visitar a sua mãe. Então cada ano o mundo retorna para um lugar frio e proibitivo, até 21 de Março, quando Perséfone emerge do Sub-Mundo, trazendo a Primavera com ela.
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