Sunday, February 18, 2007

34.Dragão



Características da constelação:


À medida que se enrola à volta do Hemisfério Norte, Dragão é circumpolar, não muito longe do Pólo Norte. De facto Thuban (alpha Draconis) foi antes a Estrela Polar. Mais ou menos na mesma altura em que estas histórias estavam a ser contadas pela primeira vez. Uma muito antiga e extensa constelação, Dragão antigamente ainda tinha mais estrelas. Bem encaixado, Hércules fica a Este de Dragão. Na realidade, alguns cartógrafos desenham a figura de Hércules com um pé em cima da cabeça de Dragão. Dependendo da altura do ano em que se estuda a constelação, a sua cabeça (formada por theta, gamma nu e xi) desenvolve um aspecto diferente. Quando beta e gamma estão "no topo", parecem dois olhos, ou talvez a testa. Noutras alturas do ano a face não é muito distinta. Existem um número de estrelas de Bayer na constelação. Enquanto existem muito poucos objectos de interesse (e apenas um Messier), a constelação tem uma grande variedade de binários a investigar. Thuban é o nome árabe para Dragão. Para encontrar Thuban descubra o tamanho da Ursa Menor e desloque-se até à ponta da Ursa Maior. No meio encontra-se uma estrela ténue, que é Thuban. Pensa-se que a estrela era consideravelmente mais brilhante há alguns milhares de anos atrás. Esta estrela era a estrela polar por volta de 2700 AC. A mesma altura em que os Egípcios estavam construindo as pirâmides! Facto que não escapou aos arqueólogos... O objecto principal no estudo dos arqueólogos é a Grande Pirâmide de Khufu. Diz-se que uma certa passagem na pirâmide foi construída para apontar a Thuban. No entanto, se este argumento está certo, então a pirâmide deve ter sido construída por volta de 2200 AC. O problema é que Khufu é cerca de 500 anos mais velho. Existem muitos livros e artigos sobre o assunto (e sem dúvidas algumas páginas na Internet) para quem deseja aprofundar o problema ou estudar o alinhamento de outras estrelas com os artefactos antigos.


História da constelação:


A antiga história de Dragão diz respeito às Maçãs Douradas das Hesperides e ao 11º Trabalho de Héracles. O 11º trabalho de Héracles (alguns dizem que foi o 12º) era roubar as maçãs douradas da macieira que Gaia (Mãe Terra) havia dado a Hera, Rainha dos Céus, no seu casamento com Zeus. Hera tinha escolhido Ladon, um monstruoso dragão com 100 cabeças, para guardar a sua preciosa árvore. Ladon ficaria no seu jardim, enrolado à volta da árvore, e Hera não teria preocupações em relação ao roubo das maçãs. Héracles pesquisou informação sobre o dragão, descobrindo como o enganar e roubar as maçãs. Uma sugestão era a de ser acompanhado por Atlas, que poderia ajudá-lo. Por se ter oposto a Zeus, Atlas foi punido em ter de carregar o mundo nos seus ombros. Héracles pensou no plano perfeito; oferecia-se para aliviar Atlas do terrível fardo por mais ou menos uma hora, o suficiente para Atlas realizar um favor: ir buscar as maçãs ao jardim de Hesperides. Atlas concordou; tudo por um pequeno descanso. Mas havia um problema: o terrível dragão. Héracles disse para não se preocupar. Disparou uma flecha através do muro do jardim, matando Ladon instantaneamente. Enquanto Héracles segurava o globo, Atlas foi buscar três maçãs douradas. No seu regresso Atlas descobriu que poderia continuar a viver feliz sem o peso do mundo nos seus ombros, e disse a Héracles:"Só mais uns meses, e eu regresso", planeando deixar Héracles a carregar o globo. Héracles concordou mas perguntou a Atlas se podia ficar mais confortável. Pediu a Atlas para carregar o globo uns momentos enquanto acolchoava as suas costas e cabeça. Atlas pôs as maçãs no chão e pegou no globo. Héracles agradeceu-lhe muito e foi-se embora com as maçãs. Quando a Ladon, Hera sentiu-se triste pela sua perda e pô-lo nos céus, perto do pólo norte.

33.Dourado


Características da constelação:

Dourado foi introduzido por Johann Bayer em 1603 no seu atlas astronómico, Uranometria. Enquanto que as estrelas de Bayer não são muito brilhantes, existem certos objectos de interesse na constelação, mais precisamente a Grande Nuvem de Magalhães e a Nebulosa da Tarântula.

História da constelação:

Dourado, ou "Peixe-dourado", é também conhecido como o "Peixe-espada".

32.Delfim



Características da constelação:


Delfim, o Golfinho, é uma antiga constelação localizada a Oeste de Pégaso. O asterismo é um pouco curioso, pois as suas quatro estrelas principais formam um rectânculo chamado “O Caixão de Job”. Se calhar é o que resta da altura em que Delfim era interpretado como uma baleia, tal como no capítulo 41 do Livro de Job, onde Deus desafia Job. No entanto não existem referências a Job ser engolido por uma baleia, como aconteceu com Jonas, por isso o nome “Caixão de Job” permanece um mistério. As estrelas de Delfim são na sua maioria de 4ª e 5ª magnitudes. Delfim tem alguns bons binários, uma variável tipo-Mira, e um enxame globular muito distante.


História da constelação:


Algumas referências ligam esta constelação a um certo “Arion”. Existem dois “Arion” na Antiguidade. Um era um poeta (mítico?) que pode ter vivido no século oitavo antes de Cristo. Este Arion, navegando entre a Sicília e Corinto, pode ter sido atirado ao mar pela tripulação do navio, que estava ansiosa pelas riquezas que o poeta trazia. Pensa-se que um golfinho o salvou. Mas este golfinho não deve ser a origem da constelação. O segundo Arion era filho de Poseídon e Demeter, e era de facto um cavalo (tal como o seu meio-irmão Pégaso). Em vez de cascos, tinha pés no seu lado direito. E, ao contrário de muito cavalos, podia falar. Mas este Arion não tem nada a ver com a constelação. É mais provável que a constelação esteja associada com Poseídon. Foi provavelmente a sua maneira de agradecer aos seus mensageiros por um trabalho bem feito. Como deus do mar, Poseidon tinha 50 ninfas de mar na sua corte. Todas tinham nascido de Nereus e eram por isso conhecidas como as Nereidas. Enquanto Poseídon teve muitos casos, quando partiu para encontrar uma esposa, estava preocupado com o facto de ela ter de se habituar a viver no mar. A sua primeira escolha foi Tétis, uma das cinquenta Nereidas. Mas soube que qualquer filho nascido de Tétis viria a ser mais poderoso que o seu pai. Claramente Poseídon não podia aceitar esta profecia. Como nota, Tétis casou com Peleus, um mortal, e tiveram um famoso filho de nome Aquiles. Tétis mergulhos Aquiles no rio Styx para o fazer invulnerável aos seus inimigos. Como a maioria das pessoas conhece, dado que a sua mãe o segurou pelos calcanhares, eram a única parte do seu corpo que era vulnerável. Mal sabia ele que o seu dia chegaria, quando foi envenenado por uma flecha que atingiu o seu calcanhar. A escolha seguinte de Poseídon era a irmã de Tétis, chamada Amphitrite. Mas quando Poseídon a pressionou a casar com ele, ficou bastante enojada só de pensar nisso e fugiu para as distantes montanhas Atlas. Poseídon enviou um número de mensageiros para a persuadir a regressar, como sua mulher, para o seu reino aquático. O mensageiro que teve êxito foi o golfinho Delphinus. Amphitrite ficou tão comovida com os seus argumentos que voltou atrás na sua decisão e tornou-se a Rainha dos Mares. Tiveram muitos filhos. Delphinus foi depois posto no céu como uma constelação pelo agradecido Poseídon.

Friday, February 16, 2007

31.Cisne



Características da constelação:


Cisne é um dos mais óbvios asterismos nos céus de Verão, em que - por causa da sua forma - é às vezes chamada a Cruz do Norte. A constelação é muito brilhante, em que as suas estrelas são geralmente de 3ª ou 4ª magnitude. Alpha Cygni é conhecida como Deneb, de Al Dhanab al Dajajah (a Cauda da Galinha). Marca a cauda do cisne. É uma supergigante (mais de cem vezes o diâmetro do Sol) com uma grande luminosidade. Dado que está tão longe (3200 anos-luz) não se sabe o seu brilho real. Beta Cygni é chamada Albireo, o que é um erro. As palavras escritas numa edição do século XVI do livro de Ptolomeu Almagest, eram "ab ireo" (o que significa é um mistério). Os árabes chamavam-na "Al Minhar al Dajajah", o Bico da Galinha. É um espantoso binário com um bom contraste de cor. Gamma Cygni é "Sadr", de Al Sadr al Dajajah, "o Peito da Galinha". Entre gamma e beta Cygni encontra-se a Nuvem Estelar de Cisne, uma vasta região de beleza incomparável. Epsilon Cygni é "Glenah", de Al Janah, "A Asa". A constelação tem alguns binários visuais soberbos, e também uma das mais intrigantes variáveis tipo Mira. Alguns ténues objectos de céu profundo também se encontram em Cisne, mas é de estranhar que, enquanto a constelação se encontra no coração da Via Láctea, não tem bons enxames, nebulosas nem galáxias.




História da constelação:


Os cisnes aparecem muitas vezes durantes os mitos gregos; usualmente um dos principais deuses transforma-se num, normalmente para seduzir alguma ninfa muito atractiva ou até uma rainha. Zeus, por exemplo, sentiu que tinha uma boa chance com Leda, a mulher do rei de Sparta, se se transformasse brevemente num cisne, na sua noite de núpcias. O resultado foi Pollux, meio-irmão de Castor. O cisne era comemorado no céu nocturno, pelo menos no que respeita aos Gregos. A figura também pode ser Cycnus, filho de Poseídon. Zeus tinha dois irmãos, Hades e Poseídon. Quando os três destronaram o seu pai Cronu, repartiram o seu reino. Hanes ficou com o Sub-Mundo, Zeus com os Céus, e Poseídon com os Mares. Poseídon rapidamente quis dominar a Terra também, e contestou com Atenas pelo direito. Todos os deuses votaram, e Atenas ganhou por um voto apenas. Cycnus, o filho de Poseídon, ao ser exposto no seu nascimento, foi posto na costa para morrer. No entanto, um cisne teve pena e desceu para ajudar o recém-nascido. Cycnus tornou-se o Rei de Colonae, uma cidade a norte de Tróia, mas não era um bom rei. Ele próprio pôs os seus filhos à deriva no mar quando a sua nova mulher se apaixonou por um dos seus filhos (Tenes). Então matou a sua mulher quando descobriu que lhe tinha mentido. Cycnus defendeu Tróia contra o ataque de Aquiles. No entanto, durante a sua luta individual, Aquiles foi mais forte, pois enforcou Cycnus. Poseídon chorou pelo seu filho e transformou-o num cisne. Existem outros três deuses gregos obscuros chamados Cycnus, e todos têm qualquer coisa a ver com cisnes. Os Gregos sempre ligavam nomes com o som que formavam. A palavra grega para cisne é "kuknos" que estava perto de "cycnus" para explicar a sua etimologia. Embora os seus mitos, esta constelação era simplesmente conhecida como "Ornis" (Ave) para o Gregos. Foram os Romanos que lhe deram o nome Cisne e que adoptaram os mitos Gregos para explicar o seu nome. Os Árabes (e outras culturas) viam esta constelação como uma galinha.

30.Cruzeiro do Sul


Características da constelação:

Cruz, ou Cruzeiro do Sul, é a constelação mais conhecida do Hemisfério Sul. Esta pequena constelação (a mais pequeno de todo o céu) fez antes parte de Centauro, mas o desejo de ver uma cruz tão brilhante no céu era tão grande que se tornou uma constelação no século XVI. Além da cruz em si, a constelação contém uma nebulosa escura única, um enxame estelar famoso e um magnífico binário. Além das 4 brilhantes estrelas que formam a cruz, as estrelas da constelação são geralmente de 4ª magnitude. Note que embora gammaA e gammaB estejam labeladas como componentes de um binário, estas estrelas apenas formam um binário óptico. As duas estrelas theta também não estão gravitacionalmente agarradas entre si; por outro lado mu1 e mu2 formam um sistema binário. A estrela principal é Acrux (alpha Crucis), um esplêndido binário. A magnitude visual combinada de ambas as estrelas resultam em 0.72. As estrelas estão a 320 anos-luz de distância, e cada uma é aproximadamente uma vez e meia o tamanho do Sol. Alpha Crucis tem um movimento aparente de 236º (Isto é, do nosso ponto de vista, parece que se move muito lentamente na nossa direcção). Outras nesta constelação com semelhante movimento, sendo assim parte de um enxame estelar em movimento, são beta, delta, zeta, lambda, e mu Crucis. O grupo como todo é muito grande, formando o que se chama "Associação Escorpião-Centauro". Beta Crucis (Mimosa) é a estrela mais brilhante do grupo, uma gigante azul-clara (com quase 5 vezes o tamanho do Sol) com uma magnitude de 1.25. Estima-se que a estrela esteja a 580 anos-luz, e tenha uma luminosidade de 8000. É uma estrela variável. Gamma Crucis (Gacrux) forma o topo da cruz. A distância calculada pode estar mal; encontra-se a partir da sua magnitude absoluta e visual. A paralaxe resultante é tão grande que pode ser medida. Embora gammaA e gammaB sejam assim chamadas devido a uma suspeita duplicidade (isto é, formam um sistema binário), os factos são diferentes. As estrelas movem-se em direcções contrárias, e por isso não estão juntas gravitacionalmente. Delta Crucis é o braço a oeste, muito similar em tamanho e distância a alpha Crucis, e faz parte do enxame mencionado acima. A estrela é uma variável tipo beta-CMa.
História da constelação:
Há milhares de anos atrás estas quatro estrelas eram um objecto de veneração nos países do próximo Oriente. Nos tempos bíblicos, há dois mil anos, estavam apenas visíveis no horizonte. Há quem encontra uma conotação religiosa, ligando o seu desaparecimento com a Crucificação de Cristo. Durante o milénio a precessão levou a cruz mais para Sul; já não é visível em latitudes a norte de 25º. Foram os exploradores europeus do século XVI que "redescobriram" o Cruzeiro do Sul. Para estes aventureiros a constelação era um importante relógio, pois quando passava no meridiano (mais ou menos) estava direita ou ao contrário. Assim, ao estudar a inclinação da constelação na perpendicular, os navegadores conseguiam calcular a hora presente.

Thursday, February 15, 2007

29.Taça



Características da constelação:


Constelação situada perto de Corvo. As suas estrelas são geralmente de 4ª magnitude. Alpha Crateris é conhecida como Alkes, que em Árabe significa "vasilha pouco profunda". A estrela marca o canto Oeste do copo, com beta Crateris marcando o outro canto. Alkes é uma gigante laranja (ou amarela), com cerca de 15 vezes o diâmetro do Sol, a 115 anos-luz de distância.


História da constelação:


A Taça era o copo de Apolo. Outras culturas antigas viam também este grupo de estrelas como uma espécie de navio.

28.Corvo



Características da constelação:


Corvo é uma pequena, ténue e muito antiga constelação.Tem apenas umas quantas estrelas de Bayer. Já acerca de possíveis objectos de interesse, existem duas estrelas duplas, uma variável e um objecto de céu profundo curioso.


História da constelação:


A história de Corvo pertence aos Antigos Gregos. Conta-se que Apolo mandou o corvo, para recolher água na mais próxima Taça. Mas a ave gastou esse tempo a comer figos. Depois, como uma desculpa para ter perdido esse tempo, agarrou a Cobra de Água (Hidra) nas suas garras e regressou, dizendo a Apolo que esta criatura era a razão do seu atraso. Apolo, não quis ter nada a ver com eles, e atirou os três: o corvo, a taça, e a Hidra para os céus. Como castigo, fez com que o corvo tivesse que sofrer sede eterna (e isso faz com que a ave produza aquele som em vez de piar).

27.Coroa Boreal



Características da constelação:


A constelação Coroa Boreal encontra-se quase a meio entre Arcturo e Vega; um pouco mais perto da primeira. De Arcturo siga para Izar (epsilon Bootis) e depois Este 15º graus até alpha CrB. As sete estrelas que fazem a coroa não são muito brilhantes, excepto Gamma, ou Alphecca (alpha Coronae Boroealis), que tem uma magnitude de 2.2 e que fica a 75 anos-luz de distância. O resto das estrelas de Bayer variam entre 3ª e 6ª magnitude. A constelação inclui alguns bons binários, e um enxame de galáxias muito ténue. Alpha Coronae Borealis e Beta Coronae são binários espectroscópicos, com períodos de 17.36 dias e 10.5 anos respectivamente. Gamma Coronae Borealis também é um binário espectroscópico (período incerto). Zeta CrB é na realidade duas estrelas que formam um esplêndido binário (ver abaixo). As duas estrelas estão aproximadamente a 220 anos-luz de distância.


Historia da constelação:


Coroa Boreal, ou "A Coroa do Norte", é a coroa que Ariadne usou no seu casamento. Foi feita pelo ferreiro supremo, Hephaestus, na sua forja aquática. A história está ligada a um mito mais notável, o do Minotauro e de Teseu, que estava destinado a matá-lo. Para o fazer, precisava da ajuda de Ariadne. Esta linda donzela era a filha de Minos, Rei de Creta. Era também meia-irmã do Minotauro, o homem-touro que vivia no centro de um labirinto. Cada ano Minos ordenava a sete jovens homens e sete donzelas de Atenas a serem servidos ao Minotauro. O herói corrente em Atenas era Teseu, filho de Poseídon, e herdeiro do trono de Atenas. Sendo apenas um jovem, Teseu já tinha dado provas da sua valentia numa variedade de feitos heróicos. Chegou então a hora do tributo a Creta. Teseu ofereceu-se para ser um dos sete jovens homens. Quando chegou a Creta, Teseu encontrou-se com Minos, que desafiou o jovem a dar provas de ser realmente filho de Poseídon. Minos atirou um anel de ouro ao mar, e mandou Teseu ir buscá-lo.
Teseu mergulhou nas águas, e encontrou-se com os golfinhos que o escoltaram até ao palácio das Nereidas. Tétis, uma das irmãs Nereidas (ou ninfas do mar), deu a Teseu uma coroa encrostada de jóias que Hephaestus tinha feito. Com o anel de ouro e a coroa, Teseu regressou a Creta. Este feito recebeu a admiração de Ariadne. Ariadne tinha uma bola de novelo mágica que podia desenrolar-se sozinho e seguir o caminho até ao centro do labirinto, onde o Minotauro estava. Prometeu ajudar Teseu a matar o Minotauro se se casasse com ela e a levasse para Atenas. Teseu concordou. Então deu-lhe o novelo. Teseu seguiu-o até ao centro do labirinto e matou o Minotauro. Infelizmente esqueceu-se da sua promessa. Ou, como alguns dizem, casou com Ariadne, dando-lhe a coroa como um presente de casamento. E depois abandonou-a na ilha de Naxos, no caminho para Atenas. Outros dizem que Teseu fez-se ao mar, deixando uma ensonada Ariadne a sofrer pela sua perda. Implorou ao seu pai, Zeus, para remediar o caso. Zeus teve pena dela e enviu Dionísio para confortar a sua filha. Outra versão diz que Dionísio estava visitando Naxos e apaixonou-se por Ariadne, e lançou um feitiço a Teseu. Teseu então esqueceu-se de tudo sobre Ariadne e partiu para Atenas. Em todo o caso, Dionísio tomou-a como sua noiva e pôs a coroa de Hephaestus na sua cabeça. Tiveram quatro filhos e "viveram felizes para sempre". Quando Ariadne morreu Dionísio pegou na coroa do casamento e pô-la nos céus entre Hércules e Boieiro.

26.Coroa Austral



Características da constelação:


Coroa Austral é uma pequena compacta constelação entre Sagitário e Escorpião, a Este do Ferrão de Escorpião.
Tal como outras constelações do Hemisfério Sul, a suas estrelas de Bayer não estão completas, e são também um bocado ténues.


História da cosntelaçao:

A constelação da Coroa Austral é muito antiga, e diz-se que representa a coroa usada pelo Centauro Sagitário (e por vezes conhecida como a "Coroa de Sagitário").

25.Cabeleira de Berenice


Características da constelação:


Uma pequena e fraca constelação adjacente a Boieiro, que foi introduzida por Tycho Brahe por volta de 1602. A constelação é notável pelo número de galáxias que contém, que pertencem aos enxames de galáxias da Cabeleira de Berenice e de Virgem. As estrelas que formam a constelação não são muito interessantes para se olhar, pois são apenas estrelas de 4ª magnitude, incluindo três estrelas de Bayer. No entanto existem uns razoáveis binários, oito objectos de Messier e o enxame da Cabeleira. De Denébola (beta Leonis) desenhe uma linha até à brilhante estrela a sudeste, Arcturo (alpha Bootis). Alpha Comae encontra-se nesta linha mais ou menos a meio. Agora proceda norte de alpha Comae até beta Comae e depois oeste mais ou menos a mesma distância até gamma Comae. Estas três estrelas formam metade de um rectângulo quase perfeito. Não são muito brilhantes, e precisará de ter um céu bem escuro para as estudar. Alpha Comae, por vezes chamada Diadem, tem o mesmo diâmetro que o Sol, e encontra-se a 62 anos-luz de distância com uma luminosidade de quase 3. É um binário de rápido movimento (ver abaixo) e situa-se no mesmo campo de visão que o enxame globular M53 (ver abaixo). Beta Comae é na verdade a estrela mais brilhante da constelação, e certamente a mais próxima, a 27 anos-luz. Também tem um diâmetro igual ao do Sol. Gamma Comae é uma estrela cor-de-laranja a cerca de 260 anos-luz de distância. Fica na mesma região que o bem conhecido Enxame da Cabeleira, mas não é um membro desse grupo.

História da constelação:

A constelação de Cabeleira de Berenice refere-se a história clássica do cabelo de Berenice, a esposa de Ptolomeu III do Egipto. Enquanto a sua história é antiga, a constelação é relativamente nova, sendo introduzida por Tycho Brahe por volta de 1602.
De acordo com a história, Ptolomeu tinha empreendido uma longa guerra com os Assírios, pois tinham morto a sua irmã. Quando Ptolomeu regressava triunfante da guerra, a sua esposa Berenice tinha cerimoniosamente cortado as suas magníficas tranças e dado a Afrodite, estendidas no altar do seu templo. À medida que as festividades da noite procediam, descobriu-se que o cabelo tinha desaparecido. Os sacerdotes eram sacrificados, se o cabelo não fosse encontrado. Foi o astrónomo Conon de Samos que veio em seu auxílio - proclamando que Afrodite tinha aceitado o presente de Berenice, que agora brilham nos céus perto de Leão.

24.Pomba


Características da constelação:

Pomba pode referir-se à ave que os Argonautas mandaram à frente, para os ajudar a passar o pequeno estreito na boca do Mar Negro. No entanto, criadores de atlas antigos chamavam-lhe "Columba Noae", referindo-se à história de Noé e da Arca, e desenharam a pomba carregando um ramo de oliveira no seu bico. As estrelas de Bayer da constelação não estão completas, e a maioria são de 4ª e 5ª magnitude.

23.Compasso


Características da constelação:

O Compasso é uma das constelações de Nicolas Louis de Lacaille. Chamou-lhe de “Pyxis Nautica” (a Caixa Náutica, ou o Compasso do Marinheiro). As estrelas da constelação variam entre a 3ª e 5ª magnitudes.

22.Camaleão


Características da constelação:

Camaleão é uma das doze constelações introduzidas por Johann Bayer em 1603 no seu atlas astronómico Uranometria. Como muitos das outras, Camaleão encontra-se muito a Sul. De facto, as suas estrelas são circumpolares para os residentes do Hemisfério Sul. O asterismo supostamente representa um camaleão. Existem apenas um punhado de estrelas de Bayer, e estas são geralmente de 4ª e 5ª magnitudes. Existem um par de binários, um variável tipo Mira, e um objecto de céu profundo de interesse.

21.Baleia


Característica da constelação:

Embora Cetus seja supostamente uma baleia, na Antiguidade a constelação era considerada o monstro prestes a devorar Andrómeda antes que Perseu aparecesse para a salvar. Johann Bayer, por exemplo, incorporou esta ideia na sua descrição do monstro - um monstro com dentes muito afastado da ideia de um pacífico beluga ou de uma orca. De facto, existem muitas histórias de monstros marinhos nas culturas mais antigas, tais como o Tiamat, o dragão babilónio que representava o princípio feminino do Caos. Sendo assim não é surpresa que algumas das maiores constelações se refiram a outros animais míticos (Dragão, Serpente, Hidra e Cetus). As estrelas de Baleia são ténues, mas existem umas quantas bem conhecidas. Tais como UV Ceti, que é na realidade um par de anãs vermelhas a 9 anos-luz de distância, e Mira (omicron Ceti) - talvez o variável mais famoso .

20.Cefeu



Características da constelação:


Embora não muito brilhante, a constelação é mesmo assim muito fácil de identificar, situando-se a Oeste de Cassiopeia. As estrelas são na maioria de 3ª ou 4ª magnitude. A constelação tem numerosos binários, alguns bons binários, e uns quantos objectos do céu profundo interessantes. Alpha Cephei é conhecida como Alderamin ("O Ombro Direito"). Daqui a 5500 anos esta estrela irá tornar-se a Estrela Polar. Beta Cephei é chamada Alfirk ("A Manada"). É um binário visual e também uma variável. Gamma Cephei é Er Rai (Pastor). Antes de Aldemarin se tornar a Estrela Polar, esta vai assumir este título (4000 DC). Delta Cephei é um protótipo de um dos mais importantes tipos de variáveis. A estrela também é um bonito binário com contraste de cor. Mu Cephei é uma estrela colorida e brilhante, de um vermelho profundo que levou William Herschel a chamá-la "A Estrela Pedra Preciosa". A cor depende do tamanho do telescópio; os maiores vêem-na com uma cor laranja. É também uma variável semi-regular.


História da constelação:


Cefeu é o nome de dois reis mitológicos. Um era o filho de Aleus, de Arcadia. Tornar-se-ia no rei de Tegea (uma comunidade na península de Peloponeso), teria mais de 20 filhos, e partiria com Jasão como um Argonauta. O outro Cefeu era o filho de Belus, rei do Egipto (que era filho de Poseídon). Este Cefeu cresceu para se tornar o rei da Etiópia (ou Joppa). Casou com Cassiopeia e tiveram uma filha chamada Andrómeda (sim, toda a família eventualmente acaba nos céus). Cassiopeia era incrivelmente bela mas muito vaidosa. Também se orgulhava da beleza da sua filha. De facto ela gabava-se que as duas eram muito mais bonitas que as 50 ninfas que estavam na corte de Poseídon. Estas ninfas (as Nereidas) queixaram-se a Poseídon, que achou que devia defender a sua reputação. Então mandou uma cheia para devastar o reino de Cefeu. Os oráculos disseram a Cefeu que em ordem a salvar o seu povo ele deveria sacrificar a sua filha a um grande monstro do mar: Andrómeda foi atada a uma rocha na costa, apenas vestida com as suas jóias. O monstro chegaria dentro de um certo tempo para levar o seu prémio. Naquele momento Perseu apareceu. Tinha acabado de matar a Medusa Gorgon e trazia a sua cabeça para Atenas. Medusa era uma das três irmãs Gorgones. Tinham sido muito belas mas Medusa dormiu uma noite com Poseídon no templo de Atenas. Isto enfureceu tanto Atenas que tornou os cabelos da Medusa em cobras e a tornou num terrível monstro com grandes dentes e garras. Apenas um olhar da Medusa tornaria qualquer pessoa em pedra. Com a ajuda de Atenas, a inimiga mortal da Medusa, Perseu enganou a Medusa pondo-a a olhar para o seu reflexo. Depois cortou a sua cabeça (Pégaso e um guerreiro chamado Chrysaor formaram-se do corpo morto da Medusa). Perseu chega então ao local do sacrifício e conversa com Cefeu e Cassiopeia; acorda-se que se Perseu salvar a sua filha, pode casar com ela. Então ele voa por cima das águas e a sombra que ele provoca confunde o monstro, que Perseu mata. Felicíssimos, Cefeu e Cassiopeia tentam impedir que a sua filha case com Perseu. No entanto Andrómeda resiste, e a cerimónia é realizada mesmo ali no local. A meio da cerimónia Agenor, um familiar, aparece e reclama Andrómeda como sua noiva. Isto irrita Perseu, o que dá origem a uma grande batalha. No entanto, Perseu, que estava em desvantagem, não teve remédio senão usar a cabeça da Medusa, e torna toda a gente em pedra, incluindo os pais de Andrómeda. Poseídon põe então Cefeu e Andrómeda nos céus, mas com uma reviravolta: pôs a vaidosa Cassiopeia andar à volta da sua cadeira, ficando de cabeça para baixo metade do ano. A Cefeu, Poseídon deu-lhe um número de estrelas médias.

19.Centauro



Características da constelação:


Centauro é uma das maiores constelações com um asterisma claramente visível: a grande forma aponta para este, com uma espada aponta para Lobo a Oeste. Os pés são formados por duas estrelas brilhantes: alpha e beta Centauri, também conhecidas pelos nomes árabes de Wazn e Hadar. Alpha Centauri é melhor conhecida como "Rigil Kentaurus", ou o pé de Centauro. É um sistema triplo, três estrelas que são as mais próximas do nosso Sol. Alpha1 e Alpha2 formam um binário. Ficam a 4.393 anos-luz, e são aproximadamente do tamanho do Sol. A estrela mais próxima é na realidade alphaC, conhecida como Proxima Centauri. É uma anã vermelha com uma magnitude visual de 11.01 e uma distância de 4.221 anos-luz. A estrela tem um diâmetro de 65000 km, cinco vezes o tamanho da Terra. Fica a uma grande distância das outras duas (quase a 1/6 de um ano-luz) e o período orbital estima-se em centenas de milhares de anos. Proxima Centauri cintila com luz irregular, e é considerada como variável. Beta Centauri (Hadar) é a décima estrela mais brilhante dos céus, com uma magnitude de 0.61 (que é na realidade o valor combinado de dois componentes). Fica a 525 anos-luz de distância e é um binário difícil de ser ver.


História da constelação:
Centauro é uma das constelações que lida com os Trabalhos de Hércules. No seu quarto Trabalho, a missão de Hércules era de trazer um violento javali que trazia a morte e a destruição aos habitantes de parte norte da Península de Peloponésio. No seu caminho, ele pára para visitar um seu amigo, um centauro chamado Pholus. Os centauros eram metado homens, metade cavalos, que descendiam de Ixion e Nephele (que era de facto uma nuvem, formada por Zeus em ordem a se parecer com a sua mulher Hera). Centauros aparecem em muitos mitos gregos, mas ficam apenas na periferia das fábulas Gregas. Quando Hércules termina a sua refeição oferecida por Pholus, ele depois tem o descaramento de abrir o barril de vinho privado dos Centauros, apenas para eles. O resto dos centauros capta o cheiro do seu vinho, e ficam irritados. Então agarram em grandes pedras, arrancando árvores para serem usadas como mocas e armando-se com machados, preparam-se para avançar. Pholus fica com medo, e Hércules fica sozinho. O herói consegue vencer um grande número de Centauros, e persegue os restantes para a gruta do seu rei, Cheiron. Hércules dispara uma seta a um centauro que estava a fugir (de nome Elatus), mas atravessa o seu braço e acerta Cheiron no seu joelho. Lembra-se que as setas de Hércules estavam todas mergulhadas em veneno? Todas eram fatais, não interessando o tamanho da ferida. Cheiron era um grande amigo de Hércules, o que deixa o nosso herói devastado. Tenta ajudar Cheiron, o que se prova em vão. Acontece que Cheiron era imortal, o que não mata o centauro, apenas a deixa com muita dor que iria durar para sempre. Então desce para as profundezas da sua gruta, gritando em agonia, que ecoava pelas paredes. Eventualmente Prometeus sente pena do rei dos Centauros, e oferece-se para ficar com a imortalidade de Cheiron, se Zeus concordasse. Ele concorda, e a agonia de Cheiron chega ao fim, e Zeus põe o grande rei nos céus. Agora de volta à batalha. O centauro Pholus cuida dos mortos e feridos e pergunta-se como as flechas de Hércules podiam ser tão fatais. Tira uma dum corpo e olha para ela, mas cai-lhe das mãos e acerta-lhe no pé, o que o mata instantaneamente. Hércules sabe do sucedido e volta para enterrar o amigo, na base da montanha que tem o seu nome: Monte Pholoe. Esta região no interior da Península fica ao pé da estrada para Olympia. Agora chama-se Pholois, que é donde as histórias dos centauros originaram. Diz-se que Zeus tinha grande consideração por Pholus, e também o pôs nos céus. Sendo assim, Centauro não representa um centauro, mais dois: Pholus e Cheiron. O facto de dois centauros estarem ligados a esta constelação não é nenhum acidente. O artigo mais antigo existente mostrando o que parece um Centauro é uma peça de joalharia Micénica que mostra dois centauros juntos: metade homens, metade cavalos, de frente um para o outro, dançando, similarmente ao sátires. Estas criaturas também se transformavam em metade homem, metade cabra. Muitos rituais que se conhecem envolviam pessoas mascarando-se destas criaturas, rituais estes que datam até aos tempos Neolíticos.

18.Cassiopéia




Características da constelação:


Proeminente constelação em W ou M perto do pólo celestial norte. É o local de uma supernova observada por Tycho Brahe em 1572, e a mais forte fonte de rádio no céu, uma supernova conhecida como Cassiopeia A.



História da constelação:


Cassiopeia era a mulher de Cefeu, o Rei Etíope de Joppa (agora conhecido como Jaffa, em Israel), e a mãe de Andrómeda. A rainha era linda mas também vaidosa, e a história de como a sua vaidade causou grande angústia é contada com relação à constelação de Andrómeda. Depois de prometer a sua filha em casamento a Perseu, Cassiopeia teve segundos pensamentos. Convenceu um dos filhos de Poseidon, Agenor, para perturbar a cerimónia proclamando Andrómeda para ele. Agenor chegou com um grande exército, e assim começou uma grande batalha. Na batalha Cassiopeia diz-se que Cassiopeia gritou "Perseu deve morrer". De qualquer modo, foi Perseu o vencedor, com a ajuda da cabeça da Górgon. Perseu tinha recentemente chacinado a Medusa, e tinha posto a sua cabeça numa cabeça de coral. Ele retirou a cabeça e agitou-a no meio da batalha do casamento, instantaneamente tornando-os todos em pedra. Nesse grupo estava Cefeu e Cassopeia. Um Poseidon contrito pôs ambos o pai e a mãe nos céus. Mas por causa da vaidade de Cassiopeia, pô-la numa cadeira que revolve o Pólo Norte, e durante metade do tempo, é obrigada a sentar-se de cabeça para baixo.

17.Carena (ou Quilha)



Características da constelação:


Quilha é o lar de Canopus (alpha Carinae), a segunda estrela mais brilhante do céu. O seu nome pensa-se que vem do piloto da frota de navios do Rei Menelaus. Este era o Rei de Esparta que levou os seus habitantes a lutarem por Helena de Tróia; o prémio era Helena em pessoa, que se tornou a sua rainha. De Canopus, o piloto, diz-se que morreu no Egipto depois da queda de Tróia. Canopus - a estrela - era conhecida na Antiguidade como a Estrela de Osíris e adorada em muitas culturas antigas. Esta era a estrela que Posidonius usou em Alexandria, por volta de 260 AC, pois tornou-se a primeira pessoa a calcular um grau da superfície da Terra. Enquanto que é a estrela mais brilhante do Hemisfério Sul, Canopus não é visível para as pessoas a viver a norte da latitude 30. Sendo assim, a Europa a norte de Lisboa não pode ver a estrela, e na América do Norte a estrela é visível apenas aos que vivem a Sul de uma linha desenhada entre São Francisco e Washington D.C., dependendo da topografia local, é claro. Para os habitantes do Hemisfério Sul, Canopus anuncia o começo do Verão, pois culmina a 27 de Dezembro. Canopus é uma supergigante com cerca de 35 vezes o diâmetro do Sol. Anteriormente ao satélite Hiparco, a distância a Canopus era difícil de calcular, com estimativas entre 160 até 1200 anos-luz. O satélite calculou a distância a 313 anos-luz (96 parsecs). A estrela tem uma luminosidade de mais de 12000. Existem umas poucas estrelas de Bayer, pois esta constelação é apenas parte de uma originalmente muito maior. O objecto mais interessante da constelação é Eta Carinae: uma estrela misteriosa que muda a sua magnitude muito irregularmente, de um -0.8 em 1843 até um ténue 7 em meados de 1870. A sua magnitude visual presente é de 6.21. A magnitude absoluta da estrela tem sido difícil de saber. Se utilizarmos a distância de 2000 parsecs, como algumas autoridades dizem, então chegamos a uma magnitude absoluta de -5.3 (e uma distância de 6500 anos-luz). Por outro lado Burnham diz que é -3.3, a uma distância de 2600 anos-luz. A estrela é considerada, ou uma estrela muito jovem, não estando ainda na sequência principal, ou uma muito antiga, aproximando-se do seu fim. Presentemente a segunda teoria parece mais evidente. Quando finalmente morrer, pode criar uma das maiores supernovas já vistas. Eta Carinae é associada com a Nebulosa do Buraco da Fechadura.


História da constelação:

Quando os gémeos Pollux e Castor partiram com Jasão e os restantes Argonautas, eles viajaram no Argo, um navio construído por Argus. Este navio, equipado com 50 remos, onde estavam os 50 melhores homens da Grécia a manejá-los. Navegavam para Colchis, que era a costa Este do Mar Negro. Depois de muitas aventuras Jasão (com a ajuda de Medeia) roubou o Tosão do dragão e navegaram de volta a casa. Diz-se que Atenas comemorou o evento ao pôr o navio, Argo Navis, no céu numa gigante constelação abaixo e a Este de Cão Maior. Sabe-se que o catálogo de Edmund Halley das estrelas do Hemisfério Sul, Catalogus Stellarum Australium (1679), introduziu Argo Navis ao mundo. Em 1763, o trabalho póstumo de Nicolas Louis de Lacaille, Caelum Australe Stelliferum, deu-nos muitas das constelações que agora conhecemos no Hemisfério Sul. Lacaille dividiu o gigante Argo Navis em três constelações: a Quilha, a Popa e a Vela.

16.Capricórnio



Características da constelação:


Considerando a sua importância, Capricórnio é um tanto ténue; o asterismo de um animal com chifres não é evidente; as suas estrelas são geralmente de 3ª ou 4ª magnitude. Alpha Capricorni é conhecida como Al Giedi ou Algedi (a cabra ou íbex). É uma estrela dupla, alpha1e alpha2 Capricorni. Alpha2 é a primária, embora apenas façam um par óptico. Cada estrela é no entanto um binário visual. Beta Capricorni é também chamada Dabih, do árabe Al Sa'd al Dhabih que significa "A Que Tem A Sorte Dos Chacinadores". Este nome indica que a estrela servia como sinal para o começo do ritual de Inverno, pois o Sol estaria nesta constelação no solstício de Inverno há três ou quatro mil anos; estariam eles a pedir o regresso da Primavera? Delta Capricorni é a estrela mais brilhante da constelação (e é também um binário eclipsante). Os Árabes chamavam a delta e à próxima gamma Capricorni "Os Dois Amigos".


História da constelação:

Capricórnio é usualmente traduzido como "A Cabra do Mar" ou "Cabra-Peixe", embora o nome literalmente signifique "cabra com chifres". A constelação é antiga, e é um dos mais antigos membros do Zodíaco. Animais com chifres, particularmente o íbex, eram ícones adorados na Pré-História, como vistas na cerâmica há 5500 AC. Estes animais apareciam com representações pictóricas da "Árvore da Vida", ou símbolos lunares ou astrais. Ou seja, durante milhares de anos, este animal teve um papel principal nalguma mitologia que envolvia os céus, culminando (talvez por volta de 2000 AC) com as cenas de sacrifícios desenhadas em cerâmica. Um respeitado estudante destas crenças, o professor Willy Hartner, mais tarde director do Institut fur Geschichte der Naturwissenschaften (Insituto para a História da Ciência Natural) na Universidade de Johann Wolfgang Goethe em Frankfurt, postulou que o íbex era uma antiga constelação, que mais tarde foi quebrada para formar Capricórnio e Aquário. O diagrama de Hartner mostra o céu como aparecia em 4000 AC na Mesopotânia. Diz-se que uma maior constelação, O Íbex, estava onde agora estão Aquário e Capricórnio.

15.Cão Menor


Características da constelação:

Cão Menor é o segundo cão de caça de Oríon, seguindo o seu dono nos céus. Muito mais pequena que a sua companheira, o seu único ponto de interesse é a sua estrela principal, Procyon. O nome significa "antes do cão", referindo-se ao facto de esta estrela nascer antes de Sirius. A 11.44 anos-luz de distância, Procyon está quase tão perto de nós como Sirius (8.65 a.l.)

14.Cão Maior



Características da constelação:

Alguns factos sobre Sirius:
Embora seja a estrela mais brilhante, Sirius é muito parecida com o Sol em tamanho e brilho, certamente não é nenhuma gigante com um diâmetro estimado de 1.5 vezes o do Sol. O seu brilho vem do facto de estar muito perto de nós: a 8.56 anos-luz, classifica-se como a 6ª estrela mais próxima. A estrela é um notável binário. No entanto, a sua companheira está muito perto de Sirius e é muito ténue. É uma anã branca, e a sua presença não estava bem provada; era apenas uma hipótese. Em 1834 Friedrich Bessel notou uma ligeira oscilação na órbita de Sirius. Fez os cálculos e predisse a existência duma companheira ainda não vista. Mas com a sua morte, em 1846, ainda não tinha sido descoberta. Foi só em 1862 que a verificação apareceu. Mas esta anã branca desde que foi descoberta que é motivo de muito estudo. Chamada Sirius B ou O Cachorro, é uma estrela de oitava magnitude com um raio estimado de apenas 10 000 km (mais ou menos duas vezes o tamanho da Terra). No entanto a sua massa é igual à do nosso Sol, o que cria uma densidade tão grande que uma colher de sopa cheia da sua massa pesaria mais que uma tonelada. Um pequeno objecto com uma tal densidade é a primeira fase do colapso da chamada sequência principal das estrelas. Criam-se primeiro anãs brancas, que continuam a arrefecer até se transformarem em anãs amarelas e depois anãs vermelhas. Finalmente morrem completamente e são conhecidas como anãs pretas. Beta Canis Majoris também tem algum interesse. O seu nome, "Murzim", significa "O Anunciador", pois ao aparecer no horizonte significa que Sirius se aproxima. É uma gigante que pulsa e que se tornou no protótipo de uma classe de estrelas variáveis.


História da constelação:


Cão Maior, o maior dos cães de caça de Oríon, pode estar caçando a Lebre, que está mesmo em frente. Ou talvez está preparado para ajudar Oríon a combater Touro. As histórias a respeito dos cães de Oríon não têm uma proporção mítica, mas os Gregos tinham algumas crenças interessantes em relação a Sirius, alpha Canis Majoris. O Ano Novo dos Atenienses começava com a vinda de Sirius. Era visto com duas cabeças, como o Deus Romano Janus: olhando para o ano passado e em frente para o novo. Sirius é muitas vezes confundido com outro animal de duas cabeças chamado Orthrus. Era o cão de guarda de Geryon; o seu trabalho era o de guardar o castelo do seu dono. Hércules, no seu 10º Trabalho, acabou por matar Orthrus. Na Antiguidade, quando Homero e Hesiod estavam a criar as suas histórias, Sirius estava já associada com o Sol, pois o Sol entrava naquela parte do céu nos quentes meses de Verão. Sendo a estrela mais brilhante, não teve a melhor das reputações na Antiguidade pois dizia-se que trazia a doença e a morte. Talvez devido ao facto de o mês de Julho e Agosto eram tempos e seca e doença. O nome Sirius pode vir do Grego "abrasador". Agora a estrela é vista como uma estrela de Inverno, acompanhando Oríon, em vez do lar de Verão do Sol.

13.Cães de Caça


Características da constelação:

Cães de Caça são uma das obscuras constelações introduzidas por Johannes Hevelius em 1690. Representa os dois cães Asterion e Chara, ambos presos por uma trela por Boieiro e aparentemente perseguem a Grande Ursa. Com uma excepção, as estrelas da constelação são bastante ténues (quarta e quinta magnitude). Existem também alguns notáveis binários, uma famosa variável e um número de interessantes objectos do céu profundo. Alpha Canum Venaticorum é popularmente chamada Cor Caroli (Coração de Carlos). Muitas fontes dão a Edmund Halley o crédito, pelo rei Carlos II depois da restauração da monarquia na Grã-Bretanha em 1660 (alguns dizem que esta referência era inicialmente para comemorar Carlos I, depois da sua execução). A estrela tem uma magnitude visual de 2.9 (variável), a uma distância de 110 anos-luz, e tem basicamente o tamanho do nosso Sol. Também é um esplêndido sistema duplo com, talvez, um subtil contraste de cor.

12.Caranguejo



Características da constelação:


Caranguejo é uma ténue constelação localizada a este de Gémeos e norte da cabeça da constelação Hidra. As suas estrelas são geralmente de quarta magnitude. Caranguejo, embora sendo pequena, tem um número de bons objectos, incluindo um esplêndido enxame e alguns binários.





História da constelação:
O nome vem do Latim; Cancer significa caranguejo. O animal em questão foi o enviado por Hidra para atacar Hércules. Foi apenas um pequeno papel, mas um que lhe assegurou a eternidade. O primeiro trabalho de Hércules era o de matar o Leão de Nemeia. Nemeia era um vale fértil em Peloponeso (conhecido pelo seu vinho). Era um lugar sagrado na antiguidade, com um famoso templo a Zeus. Mas um dos seus residentes estava a causar problemas: um leão gigante andava pelas ruas e montes, devorando todos os que se atreviam a atravessar no seu caminho. Hércules seguiu o animal, mas o leão tinha um pêlo que era impenetrável por ferro ou bronze. Sendo assim as flechas de Hércules não atingia o animal, e a sua espada e a sua moca partiam-se em bocados. Então Hércules tinha apenas que lutar corpo-a-corpo com o animal. O leão consegue cortar um dedo a Hércules, mas eventualmente consegue vencê-lo. Assim acabou o seu 1º trabalho. Como nada conseguia cortar a pele do Leão, Hércules inteligentemente utilizou as próprias garras, e adicionou a sua pele à sua roupa. Então, partiu para completar o seu 2º trabalho: matar a Hidra de Lerna. Ali perto ficavam os pântanos de Lerna, o lar da Hidra, um enorme monstro parecido com um cão com nove cabeças (uma das quais era imortal), e com um hálito que matava ao contacto.
Com a ajuda de Atenas Hércules localizou o covil do monstro, e a luta que se seguiu foi dura: cada cabeça que Hércules cortava era substituída por outra. Então a pedido da Hidra, um caranguejo gigante emergiu do pântano e picou o pé de Hércules. Hércules prontamente matou o animal e cortou a cabeça imortal de Hidra, matando-a de seguida. Então mergulhou as suas flechas na bilís da Hidra; apenas um arranhão de uma destas setas traria a morte aos seus inimigos. Estudiosos pensam que os astrólogos mais tarde adicionaram o caranguejo ao antigo mito em ordem a ter os Doze Trabalhos de Hércules reflectindo os Doze Signos do Zodíaco. Por enquanto é difícil de associar todos os trabalhos com o zodíaco, mas é verdade que o Caranguejo apareceu no 2º trabalho, e é de facto o 2º Signo do Zodíaco. Em qualquer caso, aparentemente por ter seguido as ordens da sua patroa, e por ter sacrificado a sua vida, o caranguejo foi premiado com um lugar no céu.

11.Girafa


Características da constelação:

Se lhe perguntasse para dizer todas as criaturas de quatro patas no céu, o Carneiro ou o Touro eram logo uns dos primeiros de que se lembrava, e a Ursa e o Cão (ambos com Maior e Menor). Com mais um bocado de tempo, poderia lembrar-se da Lebre ou do Unicórnio. Talvez se lembrasse que existe uma Raposa ou um Lobo. Ah, e poderia haver um camelo? Não. Camelo não é nenhuma constelação. "Camelopardalis" significa Girafa. Às vezes escreve-se Camelopardus, embora se escreva correctamente Camelopardalis. A constelação realmente parece-se com uma girafa (um bocado). Nos meses de Inverno a Girafa aparece ao contrário. É melhor estudar Girafa no Verão, quando está bem colocada. A constelação foi provavelmente inventada por Petrus Plancius (1552 - 1622), um holandês que marcou o seu nome na Cartografia enquanto trabalhou para a Companhia Holandesa Este da Índia. Os seus mapas do mundo de 1592 e 1594 tornaram-se muito populares, enquanto as suas contribuições para os mapas estelares aconteceu em 1624 quando Girafa foi incluída por Jakob Bartsch no seu livro sobre constelações (alguns historiadores dizem que foi Bartsch que inventou a constelação).



10.Buril (do Escultor)


Características da constelação:

Escultor é uma daquelas obscuras constelações inventadas por Nicolas Louis de Lacaille para encher o céu do Hemisfério Sul. O seu nome completo é “L’Atelier du Sculpteur”. As suas estrelas são geralmente de 4ª e 5ª magnitudes. A constelação tem dois binários com orbitas muito longas, um par de boas estrelas variáveis, e algumas galáxias espirais.

9.Boieiro



Características da constelação:


A constelação é muito compacta, situada entre Cães de Caça e Hércules, com Virgem a Sul. A fronteira Norte toca na Ursa e em Dragão. Para encontrar a estrela principal, Arcturo, a 4ª estrela mais brilhante do céu, siga o prolongamento da cauda da Ursa Maior (alpha Bootis). Arcturo significa "Guardião da Ursa". Esta gigante vermelha-alaranjada é 20-25 vezes o tamanho do nosso Sol, com mais ou menos a mesma massa. De facto, o Sol irá tomar o mesmo rumo, eventualmente inchando até ao mesmo tamanho daqui a 5 bilhões de anos. A estrela "navega" no espaço a uma velocidade de 118 km/s. Situa-se a 35.4 anos-luz de distância. Algumas constelações são conhecidas pelos seus objectos de céu profundo; outros por interessantes variáveis ou talvez um binário atractivo. Boieiro tem muito poucos objectos de céu profundo de interesse. Nem as suas variáveis são importantes. No entanto, a constelação tem uma das melhores colecções de estrelas duplas, algumas descritas abaixo.


História da constelação:
Boieiro pode ser um caçador, em perseguição da Ursa Maior, acompanhado pelos seus dois cães Asterion e Chara (os "Cães de Caça"). No entanto a constelação foi conhecida como Arctophylax, que significa o protector do Urso. Talvez fossem os Romanos que mudaram o seu papel, pois chamavam-no Venator Ursae: o Caçador de Ursos. Hoje em dia, Boieiro é considerado como um pastor, pois eternamente guia as estrelas à volta do Pólo Norte. A constelação era conhecida na Antiguidade, sendo a sua primeira aparição na "Odisseia" de Homero. No Livro V, Odisseus navega o seu navio pelas estrelas, usando as Plêiades, a Ursa e o Boieiro para chegar ao seu destino.

8.Cocheiro



Características da constelação:


Grande e proeminente constelação do Hemisfério Norte. O triângulo de estrelas é chamado por Crianças. Para encontrar Cocheiro, primeiro localize Orion. Touro é para a direita (Oeste) e mesmo por cima destes dois, muito mais alto no céu, verá Capella. Embora esta estrela marque aproximadamente o ponto médio da constelação, entre Sul e Norte, muitos dos mais interessantes aspectos da constelação são encontrados a Sul da estrela, para baixo até El Nath, a segunda estrela mais brilhante (gamma Aurigae) que é actualmente partilhada com Touro, e também conhecida como Beta Tauri. As estrelas de Cocheiro são razoavelmente brilhantes; cinco são de segunda magnitude ou mais brilhantes. Alpha Aurigae (Capella), é a sexta estrela mais brilhante, com uma magnitude de 0.08. A estrela está a 43.5 anos-luz de distância, e tem cerca de dez vezes o tamanho do nosso Sol. A magnitude visual de Capella é na realidade o brilho combinado da estrela primária e de uma companheira, que tem uma revolução de 104 dias. Existe ainda outra companheira, muito mais ténue: uma anã vermelha que é por si própria um pequeno binário.


História da constelação:
O jovem Cocheiro (ou Auriga) segura um chicote numa mão e segura uma cabra (Capella) e as suas crias na outra mão. Capella significa "pequena cabra". Um nome prévio desta estrela era Amalthea, que era a cabra que amamentou o bebé Zeus. Existem muitas histórias antigas em relação a esta estrela, pois cada cultura na Antiguidade encontrou um lugar para esta brilhante companheira de Touro, o seu vizinho mais próximo.

7.Carneiro



Caracteristicas da constelação:


Carneiro é uma antiga constelação que tinha uma considerável importância pois o Sol por aí passava no equinócio de Verão. Este ponto agora moveu-se para Peixes, mas o equinócio de Verão ainda é conhecido como o Primeiro Ponto de Carneiro. Daqui a 600 anos este ponto ter-se-á movido para Aquário. A sua estrela mais brilhante, de segunda magnitude, é Hamal.


História da constelação:


O Carneiro em questão pode ser interpretado como o tosão dourado que era a busca de Jasão. Também se pensa que os Gregos tinham outro animal, um animal com cornos nesta altura do ano; o corno sendo um símbolo de fecundidade, renovação e por aí adiante. Quando o Sol aparecia nesta constelação, no equinócio de Verão, o ano em si próprio estava a ser renovado.

6.Altar


Características da constelação:

A constelação comemora o altar onde os sacrifícios eram feitos aos deuses, no tempo dos Gregos e Romanos. Os Romanos chamavam-na Ara Centauri, que representava o altar que Centauro usava (talvez para sacrificar Lupus, o Lobo).

5.Águia


Características da constelação:

As estrelas de Águia são geralmente de terceira e quarta magnitude, excepto Altair, a 12ª estrela mais brilhante. Altair tem um movimento de rotação muito rápido, completando uma revolução em cada 6.5 horas, o que deforma a estrela. Pensa-se que o diâmetro equatorial de Altair tenha o dobro do seu diâmetro polar.

4.Aquário



Caracteristicas da constelação:


Umas das doze constelações zodiacais. É uma das maiores constelações do céu mas não contém estrelas muito brilhantes. A nebulosa da Hélice é a nebulosa planetária mais próxima da Terra. Enxames de meteoros saem todos os anos dessa constelação. De 24 de Abril a 20 de Maio, tendo o seu pico por volta de 4 ou 5 de Maio, temos a chuva de estrelas vista apenas no Hemisfério Sul Eta Aquarídeas. De 15 de Julho a 20 de Agosto, tendo o seu pico a 29 de Julho e 7 de Agosto, temos a Delta Aquarídeas. Aquário tem uns quantos bons binários, uma variável única, e uns poucos objectos de céu profundo de algum interesse.










Historia da constelação:

Na mitologia grega Aquário era Ganimedes, "portador da Taça para os Deuses". A história de Ganimedes é contada em Aquário. A sua profissão era essencialmente servir o vinho a todos os deuses do Olimpo, uma função há muito removida da importância inicial do portador da Água, que apareceu na Babilónia. De facto, a constelação parece ter representado água em algumas culturas antigas. No Egipto, por exemplo, pensa-se que a constelação causava as cheias anuais do Nilo. As águas do rio, bem para Sul, começavam a subir em Junho devido às chuvas nas terras altas da Etiópia. O céu nocturno, em Junho, mostraria Aquário no seu zénite: o portador da água.

3.Ave do Paraíso

Características da constelação:

Ave-do-paraíso é uma pequena constelação adaptada em 1603 por Johann Bayer, designada para preencher os espaços vazios no Hemisfério Sul. Além de uns quantos binários e um ténue enxame globular, poucos objectos são encontrados nesta porção do Céu Austral. Apus, ou Ave-do-paraíso, era conhecida pelos navegadores do século XVI, também chamada "Pássaro da Índia". Alguns dizem que vem do nome Grego apous, que significa "sem pés", como uma referência a um mito Grego acerca da andorinha, que se pensava não ter pernas. Devido à pequena quantidade de objectos interessantes nesta constelação, pode discutir-se que o nome vem do grego apousia, que significa "ausência". Em 1603 Johann Bayer incluiu esta constelação em Uranometria, o seu livro de Constelações, e continuou connosco. A maioria das suas estrelas são de 4ª e 5ª magnitude.