Thursday, February 15, 2007

14.Cão Maior



Características da constelação:

Alguns factos sobre Sirius:
Embora seja a estrela mais brilhante, Sirius é muito parecida com o Sol em tamanho e brilho, certamente não é nenhuma gigante com um diâmetro estimado de 1.5 vezes o do Sol. O seu brilho vem do facto de estar muito perto de nós: a 8.56 anos-luz, classifica-se como a 6ª estrela mais próxima. A estrela é um notável binário. No entanto, a sua companheira está muito perto de Sirius e é muito ténue. É uma anã branca, e a sua presença não estava bem provada; era apenas uma hipótese. Em 1834 Friedrich Bessel notou uma ligeira oscilação na órbita de Sirius. Fez os cálculos e predisse a existência duma companheira ainda não vista. Mas com a sua morte, em 1846, ainda não tinha sido descoberta. Foi só em 1862 que a verificação apareceu. Mas esta anã branca desde que foi descoberta que é motivo de muito estudo. Chamada Sirius B ou O Cachorro, é uma estrela de oitava magnitude com um raio estimado de apenas 10 000 km (mais ou menos duas vezes o tamanho da Terra). No entanto a sua massa é igual à do nosso Sol, o que cria uma densidade tão grande que uma colher de sopa cheia da sua massa pesaria mais que uma tonelada. Um pequeno objecto com uma tal densidade é a primeira fase do colapso da chamada sequência principal das estrelas. Criam-se primeiro anãs brancas, que continuam a arrefecer até se transformarem em anãs amarelas e depois anãs vermelhas. Finalmente morrem completamente e são conhecidas como anãs pretas. Beta Canis Majoris também tem algum interesse. O seu nome, "Murzim", significa "O Anunciador", pois ao aparecer no horizonte significa que Sirius se aproxima. É uma gigante que pulsa e que se tornou no protótipo de uma classe de estrelas variáveis.


História da constelação:


Cão Maior, o maior dos cães de caça de Oríon, pode estar caçando a Lebre, que está mesmo em frente. Ou talvez está preparado para ajudar Oríon a combater Touro. As histórias a respeito dos cães de Oríon não têm uma proporção mítica, mas os Gregos tinham algumas crenças interessantes em relação a Sirius, alpha Canis Majoris. O Ano Novo dos Atenienses começava com a vinda de Sirius. Era visto com duas cabeças, como o Deus Romano Janus: olhando para o ano passado e em frente para o novo. Sirius é muitas vezes confundido com outro animal de duas cabeças chamado Orthrus. Era o cão de guarda de Geryon; o seu trabalho era o de guardar o castelo do seu dono. Hércules, no seu 10º Trabalho, acabou por matar Orthrus. Na Antiguidade, quando Homero e Hesiod estavam a criar as suas histórias, Sirius estava já associada com o Sol, pois o Sol entrava naquela parte do céu nos quentes meses de Verão. Sendo a estrela mais brilhante, não teve a melhor das reputações na Antiguidade pois dizia-se que trazia a doença e a morte. Talvez devido ao facto de o mês de Julho e Agosto eram tempos e seca e doença. O nome Sirius pode vir do Grego "abrasador". Agora a estrela é vista como uma estrela de Inverno, acompanhando Oríon, em vez do lar de Verão do Sol.

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