Thursday, February 15, 2007

19.Centauro



Características da constelação:


Centauro é uma das maiores constelações com um asterisma claramente visível: a grande forma aponta para este, com uma espada aponta para Lobo a Oeste. Os pés são formados por duas estrelas brilhantes: alpha e beta Centauri, também conhecidas pelos nomes árabes de Wazn e Hadar. Alpha Centauri é melhor conhecida como "Rigil Kentaurus", ou o pé de Centauro. É um sistema triplo, três estrelas que são as mais próximas do nosso Sol. Alpha1 e Alpha2 formam um binário. Ficam a 4.393 anos-luz, e são aproximadamente do tamanho do Sol. A estrela mais próxima é na realidade alphaC, conhecida como Proxima Centauri. É uma anã vermelha com uma magnitude visual de 11.01 e uma distância de 4.221 anos-luz. A estrela tem um diâmetro de 65000 km, cinco vezes o tamanho da Terra. Fica a uma grande distância das outras duas (quase a 1/6 de um ano-luz) e o período orbital estima-se em centenas de milhares de anos. Proxima Centauri cintila com luz irregular, e é considerada como variável. Beta Centauri (Hadar) é a décima estrela mais brilhante dos céus, com uma magnitude de 0.61 (que é na realidade o valor combinado de dois componentes). Fica a 525 anos-luz de distância e é um binário difícil de ser ver.


História da constelação:
Centauro é uma das constelações que lida com os Trabalhos de Hércules. No seu quarto Trabalho, a missão de Hércules era de trazer um violento javali que trazia a morte e a destruição aos habitantes de parte norte da Península de Peloponésio. No seu caminho, ele pára para visitar um seu amigo, um centauro chamado Pholus. Os centauros eram metado homens, metade cavalos, que descendiam de Ixion e Nephele (que era de facto uma nuvem, formada por Zeus em ordem a se parecer com a sua mulher Hera). Centauros aparecem em muitos mitos gregos, mas ficam apenas na periferia das fábulas Gregas. Quando Hércules termina a sua refeição oferecida por Pholus, ele depois tem o descaramento de abrir o barril de vinho privado dos Centauros, apenas para eles. O resto dos centauros capta o cheiro do seu vinho, e ficam irritados. Então agarram em grandes pedras, arrancando árvores para serem usadas como mocas e armando-se com machados, preparam-se para avançar. Pholus fica com medo, e Hércules fica sozinho. O herói consegue vencer um grande número de Centauros, e persegue os restantes para a gruta do seu rei, Cheiron. Hércules dispara uma seta a um centauro que estava a fugir (de nome Elatus), mas atravessa o seu braço e acerta Cheiron no seu joelho. Lembra-se que as setas de Hércules estavam todas mergulhadas em veneno? Todas eram fatais, não interessando o tamanho da ferida. Cheiron era um grande amigo de Hércules, o que deixa o nosso herói devastado. Tenta ajudar Cheiron, o que se prova em vão. Acontece que Cheiron era imortal, o que não mata o centauro, apenas a deixa com muita dor que iria durar para sempre. Então desce para as profundezas da sua gruta, gritando em agonia, que ecoava pelas paredes. Eventualmente Prometeus sente pena do rei dos Centauros, e oferece-se para ficar com a imortalidade de Cheiron, se Zeus concordasse. Ele concorda, e a agonia de Cheiron chega ao fim, e Zeus põe o grande rei nos céus. Agora de volta à batalha. O centauro Pholus cuida dos mortos e feridos e pergunta-se como as flechas de Hércules podiam ser tão fatais. Tira uma dum corpo e olha para ela, mas cai-lhe das mãos e acerta-lhe no pé, o que o mata instantaneamente. Hércules sabe do sucedido e volta para enterrar o amigo, na base da montanha que tem o seu nome: Monte Pholoe. Esta região no interior da Península fica ao pé da estrada para Olympia. Agora chama-se Pholois, que é donde as histórias dos centauros originaram. Diz-se que Zeus tinha grande consideração por Pholus, e também o pôs nos céus. Sendo assim, Centauro não representa um centauro, mais dois: Pholus e Cheiron. O facto de dois centauros estarem ligados a esta constelação não é nenhum acidente. O artigo mais antigo existente mostrando o que parece um Centauro é uma peça de joalharia Micénica que mostra dois centauros juntos: metade homens, metade cavalos, de frente um para o outro, dançando, similarmente ao sátires. Estas criaturas também se transformavam em metade homem, metade cabra. Muitos rituais que se conhecem envolviam pessoas mascarando-se destas criaturas, rituais estes que datam até aos tempos Neolíticos.

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